sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Supervelocidade


Já imaginou navegar na internet com velocidade de 190Mb/s? 
E 1Tb/s então? Quem sabe 26Tb/s é melhor, não?

            Novos recordes de velocidade de transmissão de dados aparecem a todo momento. Esses três citados no subtítulo são os mais recentes, pelo menos até o término da edição deste jornal.
            O primeiro número veio à público em dez/11, obtido pelos cientistas da Caltech (California Institute of Technology) em parceria com a Coréia, EUA e as universidades brasileiras USP e UERJ. Patrocinada pela CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), a pesquisa visou resolver os problemas de tranmissão e armazenamento dos petabytes de dados gerados pelo LHC (Grande Colisor de Hádrons).
            Já em mar/12, os italianos da Escola Superior Sant'Anna de Pisa obtiveram o segundo recorde citado. Com o sistema projetado, foi possível transmitir até mais que o equivalente a 300 filmes em alta definição, 30 mil filmes em qualidade padrão, gerenciar 500 mil ligações ADSL a 20 megabits por segundo e 120 milhões de videochamadas ou 120 bilhões de ligações telefônicas padrão.
            Em maio deste ano foi a vez dos alemães. O Instituto Tecnológico de Karlsruhe obteve os incríveis vinte e seis trilhões de bits por segundo como taxa de transferência de dados. Equivalente à capacidade de 700 DVD’s por segundo. O físico responsável explica: “transportando os dados em um raio laser, mediante um inovador sistema de gravação, construímos um processador óptico que lê os dados e os transforma em um sinal luminoso. Uma vez no destino, um segundo processador óptico lê o sinal”, conclui Jürg Leuthold.
            Mas voltemos à realidade. No cotidiano, usamos como unidade da taxa de transferência de dados o KBps (quilobyte por segundo), por ser a mais prática e aplicável à nossa realidade.
            O Brasil fechou o ano de 2011 como sendo o 5º país com maior número de usuários da internet do mundo, com quase 80 milhões de navegadores. Apesar disso, a velocidade média da internet dos users brasileiros está muito abaixo da média mundial. Aqui nas terras tupiniquins, quem consegue atingir velocidade de download de 1MB/s já pode se considerar uma pessoa de sorte. Certamente, essas “velocidades laboratoriais” demorarão muito para chegar ao nosso cotidiano. Enquanto isso, continuemos com nossa internet “quilobytica”.